Monday, April 25, 2011

A Dor e a Dor Crónica


Dor é uma sensação desagradável, que varia desde desconforto leve a excruciante, associada a um processo destrutivo atual ou potencial dos tecidos que se expressa através de uma reação orgânica e/ou emocional.

A dor é mais que uma resposta resultante da integração central de impulsos dos nervos periféricos, ativados por estímulos locais. De facto a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão real ou potencial, ou descrita em termos de tal (definição da Associação Internacional para o Estudo da Dor - IASP)

A dor é um fenómeno complexo e com variantes multidimensionais (biofisiológicas, bioquímicas, psicossociais, comportamentais e morais). São inúmeras as causas que podem influenciar a 
existência e a intensidade da dor no decurso do tempo, a primeira das quais é a que se identifica 
como presumível resultado de uma agressão ou lesão

A dor é um sintoma que acompanha, de forma transversal, a generalidade das situações 
patológicas que requerem cuidados de saúde

Dor aguda - É a dor de início recente e de duração provavelmente limitada. Normalmente há uma 
definição temporal e/ou causal para a dor aguda.
A dor peri-operatória – dor presente num doente cirúrgico, de qualquer idade, em regime de internamento ou ambulatório, causada por doença preexistente, devida à intervenção cirúrgica ou
à conjugação de ambas – insere-se no conceito de dor aguda.

Dor crónica - É uma dor prolongada no tempo, normalmente com difícil identificação temporal e/ou causal, que causa sofrimento, podendo manifestar-se com várias características e gerar diversos estádios patológicos.
A actuação precoce na dor crónica pode evitar múltiplas intervenções e iatrogenias, promovendo mais facilmente o bem-estar do doente e o seu regresso a uma actividade produtiva normal.
A dor crónica exige uma abordagem multidisciplinar e a falência do tratamento tem, entre outras, consequências fisiológicas adversas..


Dor crónica:

“Um recente estudo nacional revela que para quase 50 por cento dos indivíduos, a dor crónica interfere de forma moderada ou grave nas actividades domésticas e laborais. Por causa da dor, quatro por cento perdeu o emprego e 13 por cento teve mesmo a reforma antecipada”, afirma José Romão, médico anestesiologista e Presidente da APED (Associação Portuguesa para o Estudo da Dor)

Os dados da European Federation of IASP Chapters (EFIC) indicam que as pessoas que sofrem de dor crónica têm três vezes mais probabilidades de desenvolver depressão e sintomas associados e, por sua vez, pessoas com depressão têm três vezes mais probabilidade de desenvolver dor crónica. José Romão confirma que “em Portugal 17 por cento dos indivíduos com dor crónica reportaram depressão e mais de 20 por cento refere que não tem prazer na vida a maior parte do tempo ou sempre”.

 O Presidente da APED alerta para os custos directos e indirectos da dor:“além dos problemas que provoca na qualidade de vida dos doentes e dos seus familiares, a dor crónica causa um imenso encargo financeiro a nível mundial com serviços de assistência médica, medicação, absentismo, perda de rendimento, falta de produtividade, custos de indemnização do trabalhador e outros subsídios de carácter social”. 

2 comments:

  1. Eu sofro com este problema da DTM há imenso tempo... Gostava de consultar um especialista mas não consigo encontrar nenhum... Vivo no sul (Algarve) e não sei a quem me dirigir. A minha dentista diagnosticou o problema e mandou-me usar uma moldeira. Eu uso mas quando não são as dores é a tensão que tenho no pescoço, ombros e costas... Estou a ficar desesperada....

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    1. Bom dia,

      Consulte este blog: https://www.facebook.com/groups/726889837403656/

      Espero que consiga aceder a este link e lá chegar.

      Se não... o nome do grupo é:

      DTM: saber viver com Disfunção de ATM em Portugal

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